Quem trata o aneurisma cerebral MAV
O tratamento de aneurisma cerebral e malformação arteriovenosa (MAV) é conduzido por um médico neurocirurgião especializado em neurocirurgia vascular, profissional altamente qualificado que combina expertise em procedimentos vasculares cerebrais com profundo conhecimento da anatomia cerebral. Este especialista passa por uma extensa formação, que inclui a graduação em medicina, residência em neurocirurgia e fellowship específico em neurocirurgia vascular.
Os sintomas que levam os pacientes a procurarem este especialista podem variar significativamente. Entre os mais comuns estão dores de cabeça intensas e súbitas, alterações na visão, confusão mental, déficits neurológicos focais, convulsões e, em casos mais graves, perda de consciência. É fundamental que qualquer pessoa que apresente estes sintomas busque atendimento médico imediato, pois podem indicar uma condição potencialmente grave.
O processo de diagnóstico conduzido pelo neurocirurgião vascular é minucioso e envolve diferentes etapas. Inicialmente, realiza-se uma avaliação clínica detalhada, incluindo histórico médico completo e exame neurológico. Em seguida, são solicitados exames de imagem específicos, como angiografia cerebral digital, considerada o padrão-ouro para diagnóstico de aneurismas e MAVs, ressonância magnética com contraste e angiotomografia computadorizada. Estes exames permitem visualizar detalhadamente a localização, tamanho e características específicas da lesão vascular.
O tratamento dessas condições requer uma abordagem individualizada, e o neurocirurgião vascular possui diferentes opções terapêuticas à disposição. Para aneurismas cerebrais, as principais modalidades de tratamento incluem a microcirurgia com clipagem do aneurisma, onde o cirurgião acessa diretamente a lesão e aplica um clipe metálico em sua base, e a embolização endovascular, um procedimento minimamente invasivo realizado através de cateteres inseridos por via arterial.
No caso das MAVs, o tratamento pode envolver microcirurgia para ressecção completa da malformação, embolização endovascular para reduzir o fluxo sanguíneo na lesão, radiocirurgia estereotáxica para casos selecionados, ou uma combinação dessas modalidades. A escolha da melhor opção terapêutica depende de diversos fatores, como localização da lesão, tamanho, padrão de drenagem venosa, idade e condição clínica do paciente.
Durante o tratamento cirúrgico, o neurocirurgião utiliza tecnologias avançadas como microscópio cirúrgico, neuronavegação, monitorização neurofisiológica intraoperatória e angiografia transoperatória. Estas ferramentas aumentam significativamente a precisão e segurança dos procedimentos.
O acompanhamento pós-tratamento é igualmente importante e continua sob supervisão do neurocirurgião vascular. Inclui exames de imagem regulares para confirmar o sucesso do tratamento, avaliações neurológicas periódicas e, quando necessário, reabilitação neurológica. O especialista também orienta sobre medidas preventivas e modificações no estilo de vida para reduzir riscos de complicações futuras.
Em casos complexos, o neurocirurgião vascular frequentemente trabalha em conjunto com uma equipe multidisciplinar, que pode incluir neurologistas, neurorradiologistas intervencionistas, intensivistas e especialistas em reabilitação neurológica. Esta abordagem integrada visa oferecer o melhor resultado possível para cada paciente.